Friday, March 7, 2008

3.14159265 amestrado

Há pessoas que têm a mania que conseguem fazer tudo! Numa conversa perfeitamente casual, quando ouve alguém dizer que já fez isto e aquilo, vai acenando com a cabeça e confirmando «Sim, claro! Também já fiz» ou então «Ah e tal, não gostei muito!», mesmo que tal não se tenha passado.

O vosso "mui nobre e sempre leal" autor, passou por um momento semelhante, no qual toda e qualquer humildade se evaporou e o ego cresceu até se tornar suficientemente grande para sentir que conseguia derrotar o mundo! Ou então para conseguir imitar uma daquelas focas amestradas que se vê nos circos e jardins zoológicos.

Depois de ver uma foca a equilibrar uma bola no nariz, achei que conseguia fazer mais e melhor! Tentei equilibrar um objecto no meu nariz! Conclusão: o meu nariz não tem força suficiente para aguentar com um banco de madeira, eu não tenho o sentido de equilíbrio que uma foca tem, e não me deram um arenque mal cheiroso como recompensa pelo meu esforço!

A minha sorte foi não estar ninguém presente que pudesse recordar o momento e achincalhar-me até ao fim dos meus dias!

Friday, February 29, 2008

A banhoca

Por norma as pessoas distinguem dois tipos de banho: o banho de imersão e o duche.

No banho de imersão o "banhista" submerge o seu corpo dentro da banheira, e vai esfregando ali e acolá calmamente, até começar a transformar-se numa uva passa gigante (i.e., quando os dedos começam a ficar todos encarquilhados).

O duche é normalmente o mais comum, por ser mais rápido, neste nosso mundo que se move à velocidade do e-mail e do sms.
Existem porém uma série de questões de índole higiénica que se levantam... É que existem zonas da anatomia humana que são mais complicadas de lavar quando se está de pé, variando com o local onde se está a tomar a dita banhoca.

Se tomar o seu duche numa banheira, então o "banhista" tem mais espaço, e pode, por exemplo curvar-se facilmente para conseguir lavar uma parte da anatomia complicada: o meio dos dedos dos pés! São 8 e estão escondidos! Para lavar o dito "meio" (desconheço por completo o nome cientifico) pode: armar-se em equilibrista e levantar o pezinho; encostar-se à parede para não se desequilibrar; ou pode sentar-se na beira da banheira, para confortavelmente lavar o dito pé. Eu confesso que sou apreciador do método do "encostanço". Normalmente acordo com sono a mais para equilibrismos, e acho a beira da banheira fria de mais para os meus glúteos desnudados.
Tomando o duche no polibã, as opções desaparecem. Devido ao espaço reduzido, o polibã não permite ao "banhista" baixar-se sem correr o risco de embater com a cabeça na parede mais próxima. A beira do polibã também costuma ser baixa de mais para alguém se dar ao trabalho de lá se sentar para lavar o meio do pé... Cá para mim, quem toma banho no polibã, não lava os pés!

Existem outras partes do corpo, que por uma ou outra razão, são afectadas por mitos difíceis de desfazer.
Aparentemente «ninguém lava atrás das orelhas». Qual a razão então para se perguntar sempre aos miúdos se lavaram? De onde vem esse receio todo? No caso de se estarem a questionar, eu lavo! E se não lavar e me perguntarem digo sempre que sim!
Existe também a sempre constante bola de cotão no umbigo. Como é que isso é possível? «Ah! É dos pelos da barriga e tal e acumula!» dizem algumas pessoas... Tretas, digo eu! Há pessoas que só olham para o próprio umbigo... E que tal começarem a olhar para o umbigo também durante o duche?

Monday, February 11, 2008

Pregar botões

O que é que faz alguém decidir pregar botões numa camisa às 7h da manhã, para além do desejo súbito de ficar com o dedo como um coador? É esta pergunta que já fiz a mim mesmo várias vezes. A última das quais à uns tempos, quando me apercebi do que tinha acabado de fazer…

Isto foi o que fiz:
- Ir buscar a "caixa da costura",
- Escolher uma agulha,
- Escolher uma linha de cor aproximada da cor dos outros botões da camisa,
- Por a linha na agulha (às 7h da manhã, não é um desafio simples!),
- Cozer o botão.

Alternativa:
- Pegar noutra camisa!

Não era muito mais cómodo? O sono, o sono... Faz-nos pregar botões de camisas de madrugada, entre outras coisas estranhas (vejam o post O sono, e entendem o que eu quero dizer com isto).

Além do dedo todo furado, descobri que existe outra desvantagem em fazer este tipo de coisas! Passei o dia todo preocupado que o botão caísse! Vou contextualizar: estava calor, eu só tinha levado a camisa vestida (para além das óbvias calças), e o botão era o primeiro a contar de baixo. Como a camisa não era muito comprida, o que é que aconteceria se o botão caísse? Lá ficava o Sr. 3,14 com a barriguinha à mostra... Sexy...

Wednesday, January 30, 2008

Prazos de validade

Os prazos de validade são das coisas mais intrigantes para mim...

Como é que os produtores de um determinado produto perecível sabem quanto tempo é que um produto dura em bom estado? E os que têm 10 prazos diferentes na embalagem? Fora do frigorífico, dentro do frigorífico, no congelador de 3 estrelas, no congelador de 4 estrelas, se for solteiro, se tiver comprado este produto com uma camisola vermelha... Não conseguem arranjar mais nenhuma situação? Acho que ainda não estou confuso suficiente com estes testes?!?!
Que tipo de testes é que são feitos? Usam um produto exemplo e vêem quanto tempo têm de esperar até estar estragado? E como é que sabe que o produto está mesmo estragado? Análises biológicas microscópicas ou esperam até ver pêlos verdes com 2 cm de altura?
Estas questões são importantes! E se o produtor dos produtos que eu consumo são dos que esperam pelos “pêlos verdes”? Eu não sei se quero arriscar…

Mas não são só os produtos perecíveis que têm prazo de validade… Por incrível que parece existem documentos que também têm prazo de validade: por exemplo, as receitas médicas!
Os medicamentos percebo, mas as receitas? Então o papel estraga-se? Fica impróprio para consumo? Não me parece… Eu acho que é a maneira condescendente que os médicos arranjaram para nos “autorizar” a estar doentes:
«Vá lá usar essa receitazinha antes que eu mude de ideias!»