Wednesday, October 24, 2007

O sono

No outro dia fui controlado por um entidade extraterrestre à saída de minha casa!
É verdade! Pode custar a acreditar, mas é a única explicação lógica que consigo encontrar...

Tudo começou quando acordei de manhã, perto das 7h30, para ir para o trabalho. Até por o pezinho fora de casa, tudo decorreu com inteira normalidade:
- Quase que adormecia no duche;
- Quase que adormecia enquanto me vestia;
- Quase que adormecia enquanto tomava o pequeno-almoço;
- E surpreendentemente, quase que adormecia quando descia as escadas em direcção ao meu veículo.

O que acontece então? Passo a explicar. Não sei bem quando, mas a partir desta altura devo ter perdido o controlo dos meus movimentos. Aproximo-me do meu carro, coloco a chave na fechadura, e rodo a chave para abrir a porta com toda a naturalidade. Atiro a minha mochila para o banco de trás (era dia de jogar futebol) e sento-me no lugar. É nesta altura que o controlo se deve ter perdido! Passado uns segundos, que a mim me pareceram uma eternidade, dou comigo a perguntar para mim mesmo: «Onde está o volante e o que raio estou eu a fazer no lugar do passageiro?!?!?!». Saio do carro, desvio o olhar das pessoas com quem me cruzo, e entro no lugar do condutor.

É lógico, e fácil de concluir, que fui controlado por extraterrestres!
Pôr a hipótese de que estava perdido de sono e completamente sem noção do que andei a fazer a manha toda, não faz sentido. O melhor que conseguiria com a desculpa de estar ensonado ou com cãibras cerebrais, é fazer qualquer pessoa séria perder-se de riso.

Friday, September 28, 2007

As loucas mensagens escritas

Já repararam na quantidade de adjectivos que se junta aos beijos numa mensagem escrita?
Doces, kidos (com 'K' mesmo), kiduchos (variante da anterior), fofos, lindos, molhados, profundos, entre outros que não me atrevo aqui a reproduzir.

Um dos melhores beijos que se pode receber deve mesmo ser um beijo "louco e quente". Tenho de confessar que me deixa um pouco agoniado pensar numa pessoa com febre, um suar doentio, com o cabelo todo desgrenhado e sorriso de maníaca a tentar dar-me um beijo. Faz-me espécie... Ou então interpretei mal a expressão, o que explica porque muita gente gosta de receber este tipo de mensagens!

Para mim não existem muito mais tipos de beijos para alem do beijo e do beijinho. Num momento de maior sentimentalismo, e quando se quer ser mais afectuoso pode-se juntar um "grande", mas mais do que isso parece desnecessário... Por outro lado a falta de atenção por parte do sexo oposto (nenhuma atenção era mais verdadeiro, mas o ego...) pode em parte ser devido à falta de utilização de adjectivos mais interessantes.

Mas o mais fantástico é escrever textos exactamente como se estivessem a falar com alguém. Manda o Gervásio uma mensagem à Esgrovertina a perguntar «Vamos sair logo?». A Esgrovertina responde «Se calhar é melhor não. (blabla bla tretas "amorosas") Mas pensando bem, pode ser. Vamos sair».
Tenho portanto duas dúvidas: Onde é que eu fui buscar um nome tão impossível de prenunciar para a interprete feminina, e porque raio é que ela não disse logo que sim na mensagem? É preciso retratar o drama da decisão na mensagem? Não bastava escrever «(blabla bla tretas "amorosas") Pode ser, vamos sair.»?

Friday, July 20, 2007

Super-heróis

Sou um fã de banda desenhada e comics.Leio um pouco de todos os tipos, desde o Patinhas ao Mandrake, passando pelo Spirou, Astérix e o Mercenário, não esquecendo os clássicos Capitão América, X-Men ou Fantastic4.

Mas os que me fascinam mais são os chamados super-herois: o Super-Homem, o Homem-Aranha, etc etc. São normalmente misteriosos e não se comportam como a grande maioria dos "normais" seres humanos.

O que me leva à grande pergunta que me intriga desde sempre:
Porque e que nunca ninguém os vê na casa de banho?
O Homem-Aranha não precisa? O Super-Homem vai, mas é só para se espremer para dentro de umas ceroulas azuis e para vestir umas cuecas vermelhas por fora! (o que diz muito do sentido de moda dele, mas nada acerca da sua fisiologia).
Às tantas não precisam...
Isto é, o Super-Homem não é da Terra, é extraterrestre. Lá no planeta Kripton podem não precisar de "válvulas de escape de desperdícios". Essa ainda passa.
Mas o Homem-Aranha é humano! «Ai e tal, mas sofreu uma mutação por causa da picada da aranha radioactiva, agora pode não precisar», diz um dos meus mais atentos milhões de leitores (ver o primeiro post do blog, Mas um blog porquê?, no qual faço referência à minha imensa legião de fãs). «Balelas», digo eu! Tanto quanto sei as aranhas também sentem o "apelo da natureza"...

Mas existem mais, inteiramente humanos e sem mutações que permanecem um mistério!O Capitão América, recentemente remetido à reforma compulsiva, o Mandrake, o Flash Gordon...
E eles???

Thursday, May 17, 2007

Patins em linha

Fui convidado para andar de patins em linha... Não conseguem imaginar as gargalhadas, as lágrimas a escorrerem pela cara abaixo. Peço desculpa a todos os aficionados da patinagem, mas eu não gosto de desportos arriscados. Eu gosto de desportos mais calmos como slide, rapel, bungee jumping, rafting, sky surfing...

O que temo não é o risco de me partir todo... É que andar de patins em linha sempre causou danos irreparáveis no meu ego. Tal como cair em plena Foz do Porto, enquanto miúdos de 5/7 anos passavam por mim a dar-me tanga «Olha papá! Ele não consegue andar!»

Uma das minhas memórias mais "felizes" ao andar de patins em linha, aconteceu quando ainda andava no secundário. Depois da hora do almoço íamos para o pavilhão andar de patins em linha. Parece tudo muito bonito até alguém ter a brilhante ideia (provavelmente depois de achar que por eu andar de patins com as mãos na parede e no chão, era só porque tinha a mania) de jogar basquetebol de patins!! É nesta altura que eu digo «Oupas, vamos lá!». Modéstia à parte, estou no "top 10" dos melhores jogadores de basquetebol da minha família, logo a seguir à minha mãe e imediatamente antes da minha avó. Misturando então as minhas duas especialidades, o que é que acontece? Tragédia!
Num momento de desequilibro, escorrego e tento-me agarrar a qualquer coisa que me passe a frente. Quem passava naquele momento à minha frente? Uma rapariga muito gira... A que é que eu me agarro? Não creio que preciso de dizer... Fico eu com as duas mãos muito juntinhas à minha frente, a rapariga muito vermelha e o tempo pára! Esta situação dura uns 5 segundos, até que eu me apercebo do que estou a fazer e tiro as mãozinhas com um «Ups! Desculpa, desculpa».

O meu desporto preferido desde então tem sido o “mudar de canal” e “levantamento do copo”.

Ainda hoje não consigo decidir se foi um momento feliz ou infeliz. A rapariga foi impecável comigo e em vez do grande estaladão com que eu contava levar, perguntou se eu estava bem... Alguém me consegue explicar isto????
Mas agora que penso melhor neste episódio, acho que vou comprar uns patins! =D

Wednesday, May 2, 2007

Aparelhos com pilhas

É um fenómeno curioso aquele que parece possuir as pessoas quando certos aparelhos a pilhas deixam de funcionar...

Ontem deparei-me com um certo individuo, que começa a agitar vigorosamente o seu rato wireless!! A princípio pensei que estava a ter um ataque qualquer, até que ele diz: «Bah, ficou sem pilhas!». Para mim o pouco respeito que ainda tinha, acabou ali...
O que é que ele estava à espera de conseguir ao abanar o rato daquela maneira? Que as pilhas se trocassem sozinhas? Que carregassem? Sinceramente passa-me ao lado.

Outro aparelho que provoca reacções curiosíssimas quando fica sem pilhas, é o comando da televisão.
Já assisti a pelo menos três tipos de reacções:
- Maníaco dos botões, em que o personagem carrega violentamente em todos os botões, à espera que o comando "pense" qualquer coisa do género: «Hei, se ele está a carregar com tanta força, se calhar é melhor fazer alguma coisa!»
- A mira avariada, em que se aponta cuidadosamente o comando para a TV, enquanto pressiona os botões do comando. A única coisa que deve passar pela cabeça do actor deste filme é: «Queres ver que tenho de mandar afinar a mira disto?».
- Fúria descontrolada, no qual o utilizador do comando se comporta como um símio enfurecido batendo com o comando em todo o lado a vociferar frases como «Mas porque é que isto não funciona?!?».

Nota: Existe ainda o estilo "Harry Potter", que na minha opinião não passa de uma variante da reacção do tipo "A mira avariada". O comando é agitado no ar como se de uma varinha mágica se tratasse... Talvez na esperança de se a mira estiver avariada, que assim se consiga acertar no alvo!

Sinto a obrigação de revelar que sou mais um misto entre a versão “Maníaco dos botões” e “A mira avariada”.
Os aparelhos com pilhas deviam vir com avisos sobre os efeitos que têm na sanidade das pessoas…

Wednesday, April 25, 2007

Ardor no estómago

Azia...

Gostava de conhecer o génio que inventou a azia!
Devia estar em casa, a pensar numa forma odiosa qualquer de dar cabo da vida do vizinho que lhe calcou os canteiros de petúnias e malmequeres, quando pensou «Bom era que ele começasse a sentir assim um calorzinho no estômago! Assim um ardor que sobe pela garganta e parece que queima po'dentro... E vai-te dar quando te estiveres a divertir, a comer e a beber com os amigos!».
É simpático...

Para quem não conhece, tenho duas palavrinhas: sortudos!
Segundo o guru do conhecimento da Internet (aquele senhor inteligentíssimo que escreve os artigos todos da Wikipédia), a principal causa da azia é "(...) a alimentação inadequada, ou seja, a ingestão de comida excessivamente temperada, gordurosa, cafeinada, além de excessivo consumo de frutas cítricas e outros hortifrutigranjeiros, além do uso habitual de substâncias tóxicas, como o álcool, o fumo e outras drogas, como o ácido acetil-salicílico."

É nestas alturas que eu pergunto: o que é que falta? Que coisa mais para além de comer e beber pode o Sr. do primeiro parágrafo dizer que também faz mal??
Sexo! Só me faltava dizer que o sexo também provoca azia!

Wednesday, April 18, 2007

Sexo: um bem de primeira necessidade!

Nos últimos tempos tenho visto em variados artigos que a comunidade médica considera importante a actividade sexual. Parece ser aceite que o sexo contribui para a formação correcta de um adulto e para a manutenção de uma vida saudável tanto a nível físico como psíquico.
Manter relações sexuais saudáveis aumenta a autoconfiança, permite fazer um "desporto" que exercita praticamente todos os músculos do corpo, produz uma série de hormonas importantes para o equilíbrio emocional, etc., etc., bla bla bla!

Então qual é o problema?

Nem toda a gente tem a felicidade de ser assaltado irremediavelmente pelo sexo oposto cada vez que sai à rua (há quem considere isto uma maldição, apesar de ser um sonho meu desde que me recordo). Existe muito boa gente que tem de se esforçar muito para se conseguir "safar"... E existem ainda aqueles que simplesmente não se "safam"!!
(existe ainda um nível mais abaixo, exclusividade minha que eu costumo designar como "o que é sexo?", mas como compreendem é uma situação sensível para mim sobre a qual preferia não falar)

A minha questão é a seguinte:
Visto que existe claramente um beneficio para a saúde em ter relações sexuais frequentes, e havendo pessoas que têm claramente muita dificuldade em "safar-se", alguma coisa devia ser feita!

Eu faço a seguinte proposta: O SNS (Serviço Nacional de Saúde) devia providenciar um serviço que permitisse aos utentes mais "desfavorecidos", no sentido sexual e não financeiro, obter as suas relações sexuais.
Podia haver desde a consulta esporádica para uma situação de abstinência ocasional, passando pelos tratamentos intensivos, consultas recorrentes para os casos crónicos, até ao serviço de Urgência prestado a situações graves.
Creio que o SNS deveria também comparticipar o acesso a instituições privadas que realizassem esse mesmo serviço, por exemplo para os utentes com melhores recursos financeiros, que prefiram estar numa instituição mais luxuosa e mais relaxada. Temos de concordar que as urgências de um hospital ou centro de saúde não são locais propriamente estimulantes...

Tuesday, April 17, 2007

Mas um blog porquê?

Acho que o primeiro "post" neste blog, deveria ser para explicar o porquê a sua existência.
Porque é que nesta altura da minha interessante existência pensei: «Vou começar a escrever na blogosfera apenas para pensar que centenas de milhões de pessoas* vão estar agarradas ao computador à espera que eu escreva mais um dos meus devaneios».

* estou a considerar dar uns cursos de português para aumentar a minha audiência.



A primeira resposta podia ser: Porque os meus amigos também têm e eu também tenho de ter!!
Não é que não seja verdade, mas já tenho esta ideia do blog há uns anos. Nunca tive foi grande paciência para escrever, basicamente porque não sei escrever... Atiro umas letras para o texto e é o que sair.

Mas por incrível que pareça, não existe uma multidão de gente ansiosa por ler o que escrevo. Nem estou a escrever um blog por uma questão de moda.



Desde que me lembro que 95% das minhas intervenções numa conversa são de carácter... parvo! Não sei porque, mas é impossível para mim conversar com alguém sem começar a dizer disparates. A intenção é sempre a mesma: arrancar um sorriso à minha vasta audiência (ou as 2/3 pessoas com quem possa estar a conversar).
Sempre gostei de divertir as pessoas. Sempre gostei de ver as pessoas sorrir.
Ai e tal, é outro com a mania que é engraçado. É isso mesmo... Com a mania... Porque não são raras as vezes em que penso para mim mesmo «Que bem que tinha ficado calado». Mesmo assim tento.

Depois disto tudo já se perguntam os meus milhões de leitores a razão de eu não acabar com o vosso sofrimento. Ok, está a chegar a resposta.

Este blog foi criado com o intuito de ir divulgando as parvoíces em que vou pensando quando não tenho ninguém ao lado a quem as contar! Daquelas que um gajo pensa «Épa! Esta até tem uma certa graça».

Tão simples quanto isto!