Thursday, May 17, 2007

Patins em linha

Fui convidado para andar de patins em linha... Não conseguem imaginar as gargalhadas, as lágrimas a escorrerem pela cara abaixo. Peço desculpa a todos os aficionados da patinagem, mas eu não gosto de desportos arriscados. Eu gosto de desportos mais calmos como slide, rapel, bungee jumping, rafting, sky surfing...

O que temo não é o risco de me partir todo... É que andar de patins em linha sempre causou danos irreparáveis no meu ego. Tal como cair em plena Foz do Porto, enquanto miúdos de 5/7 anos passavam por mim a dar-me tanga «Olha papá! Ele não consegue andar!»

Uma das minhas memórias mais "felizes" ao andar de patins em linha, aconteceu quando ainda andava no secundário. Depois da hora do almoço íamos para o pavilhão andar de patins em linha. Parece tudo muito bonito até alguém ter a brilhante ideia (provavelmente depois de achar que por eu andar de patins com as mãos na parede e no chão, era só porque tinha a mania) de jogar basquetebol de patins!! É nesta altura que eu digo «Oupas, vamos lá!». Modéstia à parte, estou no "top 10" dos melhores jogadores de basquetebol da minha família, logo a seguir à minha mãe e imediatamente antes da minha avó. Misturando então as minhas duas especialidades, o que é que acontece? Tragédia!
Num momento de desequilibro, escorrego e tento-me agarrar a qualquer coisa que me passe a frente. Quem passava naquele momento à minha frente? Uma rapariga muito gira... A que é que eu me agarro? Não creio que preciso de dizer... Fico eu com as duas mãos muito juntinhas à minha frente, a rapariga muito vermelha e o tempo pára! Esta situação dura uns 5 segundos, até que eu me apercebo do que estou a fazer e tiro as mãozinhas com um «Ups! Desculpa, desculpa».

O meu desporto preferido desde então tem sido o “mudar de canal” e “levantamento do copo”.

Ainda hoje não consigo decidir se foi um momento feliz ou infeliz. A rapariga foi impecável comigo e em vez do grande estaladão com que eu contava levar, perguntou se eu estava bem... Alguém me consegue explicar isto????
Mas agora que penso melhor neste episódio, acho que vou comprar uns patins! =D

Wednesday, May 2, 2007

Aparelhos com pilhas

É um fenómeno curioso aquele que parece possuir as pessoas quando certos aparelhos a pilhas deixam de funcionar...

Ontem deparei-me com um certo individuo, que começa a agitar vigorosamente o seu rato wireless!! A princípio pensei que estava a ter um ataque qualquer, até que ele diz: «Bah, ficou sem pilhas!». Para mim o pouco respeito que ainda tinha, acabou ali...
O que é que ele estava à espera de conseguir ao abanar o rato daquela maneira? Que as pilhas se trocassem sozinhas? Que carregassem? Sinceramente passa-me ao lado.

Outro aparelho que provoca reacções curiosíssimas quando fica sem pilhas, é o comando da televisão.
Já assisti a pelo menos três tipos de reacções:
- Maníaco dos botões, em que o personagem carrega violentamente em todos os botões, à espera que o comando "pense" qualquer coisa do género: «Hei, se ele está a carregar com tanta força, se calhar é melhor fazer alguma coisa!»
- A mira avariada, em que se aponta cuidadosamente o comando para a TV, enquanto pressiona os botões do comando. A única coisa que deve passar pela cabeça do actor deste filme é: «Queres ver que tenho de mandar afinar a mira disto?».
- Fúria descontrolada, no qual o utilizador do comando se comporta como um símio enfurecido batendo com o comando em todo o lado a vociferar frases como «Mas porque é que isto não funciona?!?».

Nota: Existe ainda o estilo "Harry Potter", que na minha opinião não passa de uma variante da reacção do tipo "A mira avariada". O comando é agitado no ar como se de uma varinha mágica se tratasse... Talvez na esperança de se a mira estiver avariada, que assim se consiga acertar no alvo!

Sinto a obrigação de revelar que sou mais um misto entre a versão “Maníaco dos botões” e “A mira avariada”.
Os aparelhos com pilhas deviam vir com avisos sobre os efeitos que têm na sanidade das pessoas…